Google foi multado em US$ 32,5 milhões (cerca de R$ 163 milhões em conversão direta) por disputa de patentes com a Sonos
O Google foi multado em US$ 32,5 milhões (cerca de R$ 163 milhões em conversão direta) por ter desrespeitado patentes da empresa de aparelhos de áudio Sonos. A decisão tem relação com alguns dispositivos de casa inteligente, como a linha Chromecast.
Foto: Kai Wenzel/Unsplash / Canaltech
Trata-se de um processo que está em andamento desde o início de 2020, quando a Sonos acusou o Google de ter usado indevidamente algumas de suas tecnologias. Os dados teriam sido obtidos no momento em que as duas empresas fizeram colaborações para permitir a integração dos dispositivos sonoros com o finado Google Play Music.
Anteriormente, o juiz da Califórnia William Alsup já tinha determinado que alguns itens mais antigos infringiram, de fato, as patentes da Sonos: é o caso do Chromecast Audio e o serviço Google Home. Porém, ainda estavam abertas questões relacionadas a versões novas de ambas as soluções.
No total, duas das seis patentes citadas foram consideradas transgressões por parte do Google. Contudo, o veredicto ainda apontou que a Sonos não conseguiu mostrar que o Google Home violou alguns aspectos específicos, o que levou à rejeição das outras quatro reclamações.
Mesmo assim, a decisão foi considerada como uma vitória para a Sonos. O assunto foi citado em um comunicado concedido ao portal Engadget:
"Estamos profundamente agradecidos pelo tempo e diligência do júri para defender a validade das nossas patentes. [...] O veredicto reafirma que o Google é um infrator em série do nosso portfólio."
De acordo com a mesma resposta, a Sonos apontou acreditar que mais de 200 patentes foram desrespeitadas pela rival. Porém, o Google minimizou a decisão, também por meio de uma nota oficial:
"Essa é uma disputa acirrada sobre alguns recursos específicos que não são comumente usados. Das seis patentes que a Sonos indicou inicialmente, apenas uma foi considerada violada, enquanto as restantes foram inválidas ou não violadas."
As disputas judiciais entre as duas empresas já se repetem nos tribunais, inclusive com contra-ataques do próprio Google ainda em 2020. Já em 2022, a Sonos foi acusada de ter violado patentes relacionadas ao Google Assistente no seu próprio assistente de voz — ainda não há como saber se as decisões mais recentes serão capazes de amenizar as constantes batalhas das marcas.
Um projeto de lei no Distrito Federal pretende proibir que entregadores de aplicativos entrem em apartamentos com pedidos de clientes
Um projeto de lei (PL) do Distrito Federal quer proibir que entregadores de aplicativos subam em apartamentos de edifícios residenciais para realizar entregas. Conforme descrito pelo autor da proposta, o deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF), a ideia é que os produtos sejam deixados na portaria, impedindo a entrada dos trabalhadores nas áreas comuns dos condomínios.
Foto: Rowan Freeman/Unsplash / Canaltech
O objetivo dessa proposta é atender a uma necessidade dos entregadores que têm enfrentado diversas formas de violência, racismo e comportamento agressivo durante as entregas. Um caso marcante aconteceu em março deste ano, no Rio de Janeiro, quando uma mulher ofendeu um trabalhador que se recusou a entregar o pedido por não ter recebido o cógido da entrega.
O PL pode sofrer modificações e será discutido em uma audiência pública ainda sem data marcada. Ao defender o texto, Felix afirmou que é essencial debater esse assunto com a sociedade, uma vez que ela se beneficia da conveniência das entregas e deve tratar esses trabalhadores com respeito. A matéria aguarda análise das comissões da Câmara Legislativa.
Projeto de lei no DF quer proibir entrada de entregadores de aplicativo em prédios residenciais (Imagem: Iakobchuk/Envato)
Foto: Canaltech
O que dizem os aplicativos e a Justiça
Enquanto a lei não avança, já existem algumas regras propostas por algumas partes envolvidas no processo. Por exemplo, de acordo com o iFood, os entregadores não são obrigados a subir até os apartamentos. Por outro lado, o Rappi oferece a opção para o cliente solicitar a entrega da encomenda diretamente na porta do prédio durante o pedido no aplicativo — veja mais sobre o que dizem os apps e até mesmo a própria Justiça diante desses casos.
Pesquisadores têm explorado o potencial da modificação genética para criar ovos de galinha mais seguros
Ovos geneticamente modificados podem ser seguros para alérgicos
Foto: Louis Hansel/Unsplash
Uma nova pesquisa publicada na revista Food and Chemical Toxicology indica que ovos seguros para pessoas alérgicas ao alimento podem ser uma realidade no futuro próximo.
Para além do desafio na alimentação, o avanço deve melhorar a vida de pessoas que não podem tomar algumas vacinas devido ao processo de desenvolvimento dos imunizantes, que por vezes pode envolver ovos.
Estudos anteriores já haviam demonstrado a capacidade da engenharia genética em eliminar o alérgeno predominante presente nas claras dos ovos de galinha, mas preocupações com possíveis consequências não intencionais ainda persistiam.
No novo estudo, os ovos modificados foram submetidos a alterações genéticas para eliminar a presença da proteína alergênica e foram cuidadosamente desenvolvidos para evitar a formação de quaisquer subprodutos prejudiciais não intencionais.
Os cientistas utilizaram uma enzima de edição genética chamada TALEN para realizar modificações no código genético dos embriões de galinha, resultando na obtenção de galinhas com cópias do gene modificado.
É um procedimento similar ao CRISPR, pois corta e edita o código genético de acordo com os marcadores definidos. No entanto, o TALEN é mais preciso e específico, permitindo que os pesquisadores minimizem as chances de efeitos fora do alvo .
Como resultado desse processo, as galinhas foram capazes de produzir ovos que não apresentavam nenhuma proteína alergênica detectável.
“Os ovos postos por galinhas homozigotas [ ovomucoides ] não apresentaram anormalidades evidentes”, disse Ryo Ezaki , pesquisador principal do estudo e biólogo da Universidade de Hiroshima, no Japão, em um comunicado à imprensa .
“Esses resultados indicam a importância das avaliações de segurança e revelam que os ovos postos por essa galinha nocaute OVM resolvem o problema de alergia em alimentos e vacinas.”
Embora esses avanços promissores tenham sido alcançados, ainda são necessários testes de segurança rigorosos e ensaios clínicos abrangentes para garantir a ausência de quaisquer proteínas problemáticas e assegurar completamente a segurança dos ovos modificados.
A Meta compartilhou nesta quinta-feira novos detalhes sobre os projetos que está buscando para tornar seus centros de dados mais adequados para suportar trabalhos de inteligência artificial, incluindo uma "família" de chips personalizados que disse estar desenvolvendo internamente.
A controladora do Facebook e do Instagram disse em uma série de publicações que projetou um chip de primeira geração em 2020 como parte do programa Meta Training and Inference Accelerator (MTIA), que visa melhorar a eficiência dos modelos de recomendação que usa para exibir anúncios e outros conteúdos nos feeds de notícias.
A Reuters noticiou anteriormente que a empresa não planejava implantar de forma ampla seu primeiro chip de inteligência artificial desenvolvido internamente e já estava trabalhando em um sucessor. Os comunicados retratam o primeiro chip MTIA como uma oportunidade de aprendizado.
"Com base nesse programa inicial, aprendemos lições inestimáveis que estamos incorporando em nosso roteiro", escreveu a empresa.
O primeiro chip MTIA está focado exclusivamente em um processo de inteligência artificial chamado inferência, no qual algoritmos treinados em grandes quantidades de dados fazem julgamentos sobre mostrar, por exemplo, um vídeo de dança ou um meme de gato como a próxima publicação no feed de um usuário, segundo as publicações.
Um porta-voz da Meta se recusou a comentar sobre prazos de implantação ou detalhar os planos da empresa para desenvolver chips que também possam treinar os modelos.
A promessa da statup Destinus é reduzir a duração das viagens comerciais
Avião promete levar passageiras de SP à China em 4 horas
Foto: Divulgação
As viagens de avião para Ásia ou para Europa, partindo do Brasil, costumam ser longas e, às vezes, com escalas que deixam tudo ainda mais cansativo. Mas isso parece estar prestes a mudar com a proposta da startup Destinus.
A empresa, com sede na Suíça, está desenvolvendo um avião que promete fazer um voo entre São Paulo e Xangai, na China, em 4 horas e 15 minutos - hoje, a viagem dura cerca de 22 horas.
A ideia do Destinus é criar um voo movido a hidrogênio ( combustível verde) a cinco vezes a velocidade do som ( hipersônico), reduzindo a duração do voo para menos de um quarto das atuais viagens aéreas comerciais.
Martina Löfqvist, gerente de desenvolvimento de negócios da empresa, disse à CNN que enquanto outros concorrentes importantes no campo, como o Boom Supersonic, estão “focando mais no desenvolvimento das maquetes e na compreensão de como funciona e tentando fazer com que essas aeronaves pilotadas funcionem, estamos indo diretamente para os voos autônomos”.
Avião hipersônico
Os primeiros dois protótipos fizeram voos de teste bem-sucedidos e estão prestes a começar a testar voos movidos a hidrogênio. Já o terceiro protótipo, Destinus 3, deve fazer seu voo inaugural até o final do ano.
Segundo a empresa, a expectativa é que na próxima década seja lançada a primeira aeronave de menor porte para cerca de 25 passageiros. Agora, um avião comercial terá que esperar um pouco mais: ele está previsto para 2040.
Isso também dependerá da a aviação movida a hidrogênio, que ainda está engatinhando no mundo, com motores a jato de hidrogênio ainda para entrar em uso comercial.
A Airbus, por exemplo, está desenvolvendo um motor a jato de hidrogênio que deverá ser testado em voo em 2026.